terça-feira, 6 de agosto de 2013

GADO BRASILEIRO DE ORIGEM PORTUGUESA

História da Raça: Curraleiro Pé-Duro
História da Raça: Curraleiro Pé-Duro
De origem europeia, a raça Curraleiro Pé-Duro chegou ao Brasil no período colonial pelas mãos dos portugueses. Segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Curraleiros Pé- Duro (ABCPD), localizada em Teresina, Piauí, a raça se popularizou primeiramente na região Nordeste do país, em Salvador e Pernambuco. Mais tarde, os criadores chegaram ao Piauí e Maranhão, em seguida a Minas Gerais e ao Brasil Central. As informações da ABCPD dão conta de que o Vale do São Francisco é o berço principal da raça Curraleiro Pé-Duro, local onde a criação é mais forte. Os animais que descenderam dos primeiros trazidos de Portugal adaptaram-se, aos poucos, às condições de baixa qualidade dos primeiros locais de criação, além da seca, do calor e do ataque de parasitas e insetos. Isso resultou em uma raça de tremenda rusticidade e fácil adaptação a condições severas.
FONTE : www.ruralcentro.uol.com.br

********************************************************


  E aqui uma foto de uma feira agropecuária do Minho com o gado avermelhado que deu origem ao curraleiro.


 

JESUÍTAS MINHOTOS FUNDAM CIDADE SERGIPANA

 


 
 
 
TOMAR DO GERU (Cinform municípios)
Tomar do Geru, onde índios foram poderososCidade chamou-se Nova Távora e tem uma das mais antigas e belas igrejas de Sergipe
Já na divisa com a Bahia, o município de Tomar do Geru, a 131 quilômetros de Aracaju, tem uma história fantástica em termos de organização. Em Geru, onde existe uma das mais belas e antigas igrejas católicas de Sergipe, foi feita uma tentativa de colocar índios catequizados na administração municipal. Não fosse a invasão holandesa e a expulsão dos jesuítas, essa experiência poderia ter prosperado.
Essa história começa por volta de 1666, quando os padres jesuítas chegaram às terras que hoje são Tomar do Geru. Os religiosos encontraram no território um grupo de índios Kiriris, da rama vinda do sertão de Jacobina e do Rio São Francisco. Os jesuítas vinham da província de Minho, mais especialmente de uma cidade portuguesa chamada Tomar, sede dos religiosos templários.
Em 1692, a aldeia aparece num catálogo como Juru ou Geruaçu, que em tupi significa boca ou entrada, e que mais tarde viria a chamar-se Geru. Seus primeiros religiosos foram os padres Luiz Maniami, João de Barros, João Baptista, João Mateus de Falleto e o irmão Manuel de Sampaio. Este último era um estudante da língua dos Kiriris. Em 1695, o governo reconhece como aldeia aquela povoação nomeando um diretor.

FORÇA POLÍTICA DA FÉ


A força da catequese feita pelos jesuítas era tanta que dos 400 índios, apenas 20 eram considerados pagãos. Lá foi construída a primeira escola de Sergipe. A aldeia chegou a ter os nomes de Geru e Missão de Nossa Senhora do Socorro. Mas a dominação dos jesuítas não impediu que os índios reagissem às tentativas de invasão dos portugueses.
Alguns religiosos teriam lutado ao lado dos índios porque os portugueses queriam escravizar os nativos.
As lutas ganharam tanta repercussão que o rei teve que intervir. E num documento histórico, a Carta Régia de 22 de novembro de 1758 declarava livres todos os índios do território sergipano, ao mesmo tempo em que transformava a aldeia de Juru em Vila de Nova Távora. E mais. Índios catequizados assumiram cargos no serviço público na vila.
A idéia da história oficial era que os índios ‘almados’ pudessem ser confundidos com a população branca, numa tentativa de extinguir os antagonismos. O documento, por exemplo, estabeleceu a eleição pelo voto direto dos moradores. Nova Távora era a primeira vila de Sergipe a viver essa experiência. (Veja nesta página trechos da Carta Régia de 1758).